sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

MOVIMENTO DA RIBEIRA 45 ANOS

O sítio histórico de Olinda transformado numa grande mostra de arte.

03 à 13 de Dezembro de 2009


Salve sonhos dos desbravadores dos PAÍSES BAIXOS
Ô QUE LINDA VISTA
ENTRE COLINAS
OCEANO DE PROTESTOS
CULTURA ALIMENTADA
DE DIVERSAS RAÇAS,
NO TRONCO OU NA CHIBATA
GEMIA A VELHA ESCRAVA
ACALENTADA PELA JOVEM NETA
CUJA MISCIGENAÇÃO COMEÇAVA
EM GERAÇÃO QUE A TERRA CONQUISTARA.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Papa Defunto

O fulano era presença marcante em funerais,sempre bem vestido e amável com os familiares do defunto, a ponto de ninguém perceber que o mesmo não era da família e portanto era parte do evento final do ente querido.Mas qual a razão da constante presença?serão medo da morte?que o faz a tentar se familiarizar-se com o momento ou apenas é costume ou gratidão. Chega de tantas especulações, a verdade é que ele estava lá,principalmente as quartas feiras.Em registro dos enterros dos últimos anos, o número de falecimentos era de dois pra um em relação de homens para mulheres, o que descarta a hipótese de tara por corpos sem espíritos.e o mesmo jamais dava o último olhar, nem chegava perto do caixão.Mas acompanhava o enterro até o túmulo. Era uma Quarta Feira como todas as outras, como era dono do seu próprio negocio. Uma pequena loja de produtos de beleza especialmente para homens,o que se destacava do comércio na região, pois tinha uma clientela fiel, principalmente os homens que gostam de manter os cabelos pretos. Sempre as 14 horas fazia o caixa, deixando a loja com uma funcionara a qual tinha estima pois se tratava da sua sobrinha, que de propósito ou não era muito atraente o que facilitava as vendas, com isso mantendo uma renda estável.Mas esse dia era muito importante era o que sentia, alguma coisa importante ia acontecer, era um pressentimento forte coisa que ao longo de dois anos nunca tinha sentido.Era um funeral como todos os outros, quase a mesma rotina de sempre, pessoas chorando, flores chegando.Mas em sua frente em volta de um véu estava ela.A viúva era ela afinal.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Em breve lançamento do meu novo livro, dessa vez de contos, aguardem...
Estamos na 7 Bienal do Livro de Pernambuco, nosso livro se encontra a venda na Elógica, e no do Sintepe. Boa Bienal.

Trem

Paralelas entre as pernas
O apito desperta
Pare, olhe e escute.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Morte do Ladrão

Sente na pele o ódio da vingança que é pessoal, já estais condenado pelo juízo da razão,
não existe lei em país de governantes embriagados e sepultados em palácios.
terás morte lenta encharcado em teu próprio sangue, e serás jogado dentro de um formigueiro embebido de mel.
Ainda cuspirei em tua alma.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

lançamento de livro

O Livro SIMPLES POESIAS POEMAS SIMPLES
Lançamento: Dia 18 de Setembro de 2009
Biblioteca Pública Municipal de Olinda,17:30 h
Praça do Carmo.

sábado, 15 de agosto de 2009

domingo, 28 de junho de 2009

olhar azul

imensidão da água, leveza da alma
ondas em espumas encantadas.
azul distante,suaviza lembranças.
correntes quentes em superfície
são estradas marinhas de uma praia que é minha.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

ENSAIOS DE HAIKAIS

Andança

passos,passos
solas de sapatos acabo
endereço que acho.

Ventania

cabeça baixa
entre multidão veloz
soprando em nós.

sábado, 16 de maio de 2009

ENSAIOS DE HAIKAIS

Sentimento

Sinto desconforto
fico sem jeito
a gosto em teu suor.

Sombra

Pouca luz
se livra da queda,
surpresa em porta aberta.

Nostalgia

Ouço a música
logo lembro o refrão,
em pura emoção.

sábado, 9 de maio de 2009

Espera Que Eu Vou

Poema classificado em concurso nacional e publicado em coletânia.

Espera Que Eu Vou

O que dizer
Imagens de cartão-postal, comprado em banca de jornal
Ritmo de carnaval que ouvia na rádio jornal
Terra vizinha, cidade distante
Com rios e pontes, coisas que minha cidade não tinha
aumentava a vontade de vê-la.

O que fazer
Estudar e ter uma profissão,
Caminhos lentos com dedicação;
entraves, desafios da idade,
Mas não faltava a vontade
De conhecê-la.

O que sonhar
Os teus rios, o mar
Pontes enluaradas
Praças e jardins de ruas sem fim
Cais de navios sem destinos
Quero aportá-la.

O que sentir
Teu cheiro de maré
Do biscoito da Pilar
Da macaiba e cajá
De outras frutas que irei conhecer
E das mulheres que irei conquistar.

O que levar
A vontade de vencer
O sonho real Ensinar o que aprendi
Alegria da vida e amizade eterna
E se der, ficar por lá.

sábado, 18 de abril de 2009

O Governante cap. 02

Anos setenta inicio de eleições no interior da Paraíba, como em todo interior do Nordeste o paternalismo prevalece nas eleições, como a compra de votos e outro tipo de voto o chamado voto de cabrexo, que na realidade era o voto escravizado, prática comum nos currais eleitorais.
Em plena campanha as visitas as residências era uma obrigação, principalmente na última semana das eleições, onde os cabos eleitorais intensificavam a entrega de brindes tais como: sandálias que naquela época eram chamadas de sandálias japonesas, camisas Volta ao Mundo, basqueteira,sementes para o plantio, pequenas ferramentas agrícolas e o principal o que todos queriam a chapa dentária. Os presentes eram distribuídos tendo como critério o número de eleitores de cada família. Quanto maior o poder de capital do candidato, maior o número de votos que obtinha nas eleições, pois mudar de lado era alta traição entre as famílias nobres, em muitos casos a morte matada era a vingança e uma questão de honra.
Nem Picasso o teu nome poderia pintar,
Talvez Mozart uma opera cria-se,
Victor Hugo um conto conta-se,
Talvez uma simples desilusão de um cara que ti ama-se,
Poderiam todos usar teu nome em criações que eternizassem,
Mas só um que usou o teu nome em embrionária criação,
Pode ti chamar de Lauroca, senão o teu pai João.

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Lembranças infantis

Caminho a passos lentos distraídos em mil pensamentos,
O que alegra o que atormenta em lembranças de crianças.
caminho gravado na mente, não erro a direção, luzes me segue de postes e automóveis.
O que se move é o meu corpo e a minha solidão.
Já não basta saber as horas, se passa das dez ou não, ando em busca da namorada que a perdi na madrugada de uma noite de São João.
Lembro das fogueiras e dos foguetes e balões e brincadeiras de adivinhações, até um refrão que cantando com entusiasmo derruba balões.
Batismo de compadre em volta da fogueira, ver o rosto na bacia, caso contrário não ver o outro dia, pisar em brasa viva poucos se habilitam.
Se é nostalgia ou momento único, o que interessa é a mente contando em lampejo do passado.

terça-feira, 7 de abril de 2009

vultos

Sombras e vultos em caminhos de pedras com luzes de lampião
pouca conversa em pequenos grupos, onde vale a adivinhação.
vento frio musical acompanha coral de sapos,
botas e chinelas de couro encharcada de lama pinoteiam a grama.
nova porteira é aberta,caminho estreito em tapete de capim com aroma de jasmim,
cada passo o caminho é vencido se despede os amigos.
o cheiro de casa aparece, a paisagem me conhece,
a porta é aberta por um vulto que gosta de mim.

domingo, 5 de abril de 2009

O governante
Cap.1 As lições
Não importa o consumo de bens duráveis, o que o povo quer é comer, principalmente o povão, o conhecimento só acontece de barriga cheia. O que importa ao cidadão? É uma tv de LCD ou uma panela cheia de feijão? roupa nova ou pinga no botequim. O que será de você, o que será de mim.
Vamos criar uma sacola de mantimentos básicos para a população, para que sobre comidas para os ratos e as baratas, com isso aumenta o lucro dos laboratórios e sobra contribuição para minha eleição.
Procure sempre apertar a mão do eleitor(digo irmão) bem apertada, sempre perguntando por alguém da família, inclusive citando algum acontecimento e o nome do cidadão. Não se preocupe se errar, é onde entra o conhecimento popular, se for na Paraíba é José ou João, no Ceará Manuel ou António, em Pernambuco Salustino ou Julião, em Alagoas Bento ou Romão, ou se preferir do litoral, passando pelo Agreste, Sertão até o Meio Norte, basta um abraço e lembranças a família com a bênção de Padin Ciço, o santo do homem do interior.

sábado, 4 de abril de 2009

Estava lá, sentia o calor da sua mão,
Acalentava e aliviava a solidão.
Não fale, continue é pra sempre,
O corpo sente.

Alívio na noite de tempestade,
Só pensava em crueldade.
A bondade em volta,
Só amigo suporta.

Ponte do Maurício

Chuva forte em pleno verão
Ponte do Maurício,correnteza forte é rio a cantar
Traz água do agreste com a do mar casar
Baronesas flutuam com ansiedade
Outros viajantes na correnteza vão.

Passos e passos vem e vão
Aponte contempla,e sente a vida
Em cima e em baixo
Com pressa,ou flutuando;
Todos a usam,do mar ao sertão.

O que atormenta é o automóvel,ônibus e caminhão
Milhares de humanos em distração
Não percebem seu encanto
Ela existe de inverno a verão
Sempre pronta a abraçar os que nela vão passar.

Madrugada no Centro (Recife)

Pouco movimento em sombras de prédios e casarões
Barulhos cadenciados dos que pressa tem
O vazio toma conta é silencio na noite
Rio desliza suavemente em pele de namorada
Saboreando inicio da madrugada.

Luzes de cores diversas em andares do céu
Avenidas abraçam ruas e becos são irmãos
Praças em prontidão, guarda arvores dormitórios
Esquinas dominam o vento leve que abraça a penumbra
Desnuda-se os segredos da madrugada.

A Noite que faz

A noite convida, em penumbra dilatando a retina, ressuscitando a minha alma,
Corpos celestes viajam em luzes de passado ou em recente explosão.
Flores brancas exalam cheiro de nobreza e embriaguez,
Devorando a rotina de humano urbano.
Caminhando em ruas com pouca iluminação,
Pensamentos vem e vão.

Passos, passos em busca de uma direção onde não exista solidão,
Não é o acaso, força-se um momento de contato.
Conversas hão de vir, em doses de salão,
Figuras rotineiras de eternas boêmias.
Boas e más companhias em breves contatos, abraços e apertos de mão,
Frenética a noite fica.

Doses, doses libera total a timidez,
Frases longas de diversos assuntos,da política a traição.
Olhares relâmpagos de desejos embutidos,
Comquistas indefinidas, amores em erupção da matéria.
Visão noturna de gato. Embaraçado o cérebro fica,
Em sensação de nova conquista.

Horas altas em altas horas,a volta é longa e fria,
É bem vinda a companhia.
Conversas desconectadas e sem emoção em assuntos do dia a dia,
Vem amanhecendo, alados em sinfonia desejam bom dia.
Ocorpo sente, a ansiedade animal em desejo latente,
Boa companhia em cama quente e macia.