quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Papa Defunto

O fulano era presença marcante em funerais,sempre bem vestido e amável com os familiares do defunto, a ponto de ninguém perceber que o mesmo não era da família e portanto era parte do evento final do ente querido.Mas qual a razão da constante presença?serão medo da morte?que o faz a tentar se familiarizar-se com o momento ou apenas é costume ou gratidão. Chega de tantas especulações, a verdade é que ele estava lá,principalmente as quartas feiras.Em registro dos enterros dos últimos anos, o número de falecimentos era de dois pra um em relação de homens para mulheres, o que descarta a hipótese de tara por corpos sem espíritos.e o mesmo jamais dava o último olhar, nem chegava perto do caixão.Mas acompanhava o enterro até o túmulo. Era uma Quarta Feira como todas as outras, como era dono do seu próprio negocio. Uma pequena loja de produtos de beleza especialmente para homens,o que se destacava do comércio na região, pois tinha uma clientela fiel, principalmente os homens que gostam de manter os cabelos pretos. Sempre as 14 horas fazia o caixa, deixando a loja com uma funcionara a qual tinha estima pois se tratava da sua sobrinha, que de propósito ou não era muito atraente o que facilitava as vendas, com isso mantendo uma renda estável.Mas esse dia era muito importante era o que sentia, alguma coisa importante ia acontecer, era um pressentimento forte coisa que ao longo de dois anos nunca tinha sentido.Era um funeral como todos os outros, quase a mesma rotina de sempre, pessoas chorando, flores chegando.Mas em sua frente em volta de um véu estava ela.A viúva era ela afinal.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Em breve lançamento do meu novo livro, dessa vez de contos, aguardem...
Estamos na 7 Bienal do Livro de Pernambuco, nosso livro se encontra a venda na Elógica, e no do Sintepe. Boa Bienal.

Trem

Paralelas entre as pernas
O apito desperta
Pare, olhe e escute.